Uma jornada para a Alma
- Fernanda Bienhachewski
- 18 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 20 horas
Sempre que penso na minha jornada com o Tarô e a Astrologia, é impossível não mergulhar na história da minha própria transformação.

O ano era 2020. O mundo estava imerso na incerteza da pandemia de COVID-19, e, para mim, essa turbulência externa se somava ao meu retorno de Saturno que reverberava profundamente em mim. Foi um catalisador implacável, forçando-me a um questionamento existencial: eu estava realmente vivendo a vida que desejava? Eu era a pessoa que almejava ser?
Esse período foi um redemoinho de confusão, conflitos internos e rupturas necessárias. Mas, em meio ao caos, uma decisão se destacou como a melhor da minha vida: vender tudo o que tinha e partir para conhecer o mundo, e, ao mesmo tempo, desvendar a mim mesma.
Em 2022, minha grande aventura começou, direcionando-me ao continente que sempre me fascinou e intrigou: a Ásia. Longe do que um dia chamei de lar, encontrei um novo sentido de pertencimento. Foi lá, em terras distantes, que minha alma finalmente se sentiu em casa. Que sensação indescritível: encontrar familiaridade em um lugar a princípio tão estranho e aos poucos ir me reconhecendo e sendo reconhecida por aqueles que, de estranhos, se tornaram parte da minha comunidade.
Por fora, eu era apenas mais uma estrangeira, mas algo em meu íntimo sussurrava que ali era o meu verdadeiro lugar. Essa imersão me aproximou da minha essência e da minha evolução espiritual. Sinto que passei por uma reforma completa, uma reformulação promovida pela minha própria alma. Minha forma de enxergar o mundo e a vida se transformou radicalmente, e essas mudanças internas se manifestaram, paulatinamente, também no meu exterior.

Hoje, sou uma pessoa completamente diferente da que fui um dia. Expor-se a outras culturas, pessoas e lugares é, talvez, a experiência de expansão de consciência mais poderosa que existe. Tudo é questionado, tudo é repensado. E foi lá, em lugares como Chiang Mai, na Tailândia; Rishikesh, na Índia; Istambul, na Turquia; e Kathmandu, no Nepal, que eu fui verdadeiramente feliz.
Todas essas vivências me atravessaram de tal forma que mudaram minha trajetória, minhas perspectivas e meu próprio conceito de lar. Foi através desse processo profundo que pude reacessar quem "Eu" sou de verdade – não a pessoa que tentava ser para me encaixar em expectativas alheias e modelos de vida impostos por dinâmicas sociais e familiares.

E foi na Ásia que descobri meu karma, e talvez meu maior fardo – sou uma alma oriental habitando um corpo ocidental. Por isso, desde então, carrego dentro de mim a sabedoria do Oriente. Os ensinamentos de Shiva, Buda e Guanyin foram faróis que me despertaram, reacendendo meus verdadeiros interesses: a espiritualidade e o esoterismo.
Hoje, é através do Tarô e da Astrologia que encontro meu propósito maior: auxiliar outras pessoas em seus próprios processos de autodescoberta, guiando-as para que também possam encontrar a sua alma e a sua verdade.
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