top of page

O Despertar da Alma de Bruxa: Da Ilusão Infantil ao Poder Pessoal

  • Foto do escritor: Fernanda Bienhachewski
    Fernanda Bienhachewski
  • 27 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de out.


Desde os primeiros vislumbres da infância, sempre fui fascinada pelo arquétipo da bruxa. Eu era uma menina obcecada por histórias de terror, bruxas com verrugas no nariz e risadas sinistras povoavam meus sonhos e devaneios. Aos 12 anos, quando descobri a Wicca essa chama se intensificou. Eu desejava ardentemente ser uma bruxa completa – e me joguei de cabeça em livros e rituais, com a empolgação de quem quase incendeia a casa acendendo velas no chão do quarto.


Por fora, eu tinha o kit completo: a vassoura, o caldeirão, um gato preto, CDs da Enya e incensos indianos. Por fora eu até poderia achar que era uma bruxa, mas a verdade é que ser uma bruxa vai muito além da aparência e dos apetrechos.


ree

É preciso SER de verdade.


E foi aí que o espelho me confrontou. Eu jamais conseguiria encarnar a bruxa que sonhava ser enquanto, por dentro, eu era um emaranhado de medos, permissividade, submissão e uma completa ausência de poder pessoal.


Me tornar quem eu um dia sonhei ser me exigiu uma travessia profunda pelas minhas sombras. Mergulhei nas profundezas do meu autoconhecimento, encarei minhas vulnerabilidades mais cruas e confrontei as mentiras que eu havia construído para mim mesma. Ali, naquele lugar de desconforto e verdade, encontrei a chave para qualquer transformação genuína: assumir a responsabilidade sobre minha verdadeira essência. A bruxa que eu desejava ser, aos poucos, começou a se entrelaçar com a mulher que eu estava me tornando.


Minha verdadeira iniciação no esoterismo e na espiritualidade não foi um caminho fácil; veio depois de cinco anos de intensos aprendizados e descobertas juntamente com um sofrimento constante que lapidou minha alma e me fez mais forte e mais sábia.

ree

Despertar para minha verdadeira essência foi como revisitar aqueles sonhos infantis, mas com uma clareza e um propósito renovado. Hoje, posso afirmar que finalmente me tornei a bruxa que um dia sonhei ser. Aquela que não apenas busca a sabedoria e a evolução espiritual, mas que também encontra nos mistérios e nos sinais do Universo as ferramentas para auxiliar aqueles que me procuram, guiando-os em suas próprias jornadas. 


Como dizia um poema que li outro dia:


"A bruxa é quem tem o conhecimento.


Uma bruxa é alguém que ajuda os outros.


A bruxa é aquela que usa plenamente sua intuição.


A bruxa é aquela que ama a natureza e nela encontra sua força original.


A bruxa é aquela que sempre se orienta pelo bem maior.


Uma bruxa é aquela que respeita a si mesma e aos outros.


A bruxa é aquela que descobre caminhos esquecidos.


Bruxa é aquela que arranca as cortinas da ignorância.


A bruxa é aquela que ouve a sabedoria dos ancestrais.


A bruxa é quem ajuda a se levantar quando alguém não está no poder.


A bruxa é aquela que incentiva os outros a encontrarem seus caminhos.


Uma bruxa é aquela que consegue encontrar paz dentro de si mesma em qualquer momento de sua vida.


Bruxa é aquela que sabe que empatia é um presente, não uma maldição.


A bruxa é aquela que não tem medo de ir contra a corrente e permanece sempre ela mesma.


A bruxa é aquela que vê o que os outros não querem ver.


Bruxa é aquela que perdoa fraquezas, assim como outras.


A bruxa é aquela que sabe que todo ser humano faz parte do mundo e merece amor."


- Magia Popular da Pomerânia e Kujaw, por Anna Koprowska-Głowacka




Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page