Arcano 13 : A Morte
- Fernanda Bienhachewski
- 21 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de abr.
O arcano maior de número 13, "A Morte" é geralmente mal interpretado. Apesar de, a primeira vista, sua imagem parecer sombria e macabra, essa carta é um símbolo poderoso de transformação. Ao contrário do que se pensa a Morte não representa o fim da vida terrena e sim, a sua total e necessária transmutação. Ela representa o fim de um ciclo, o término de uma fase e a preparação para o novo. A Morte nos fala da necessidade de deixar para trás o passado, adotando novos padrões de comportamento, paradigmas e perspectivas. Como a grande ceifadora é ela que retira as ervas daninhas do quintal de nossa existência para que uma nova fase possa surgir.
Essa carta no Tarô nos convida a refletir sobre a impermanência da vida e a importância de viver no presente. Ela nos lembra que tudo está em constante mudança e que o apego ao que já foi pode gerar ainda mais sofrimento. Toda mudança é dolorosa. Ainda assim, é importante abraçar a transformação para dar continuidade ao crescimento e a evolução pessoal e espiritual. A Morte nada mais é que uma mudança de estado, um portal para um novo começo, um renascimento e uma chance de construir um futuro mais significativo e alinhado com o nosso propósito. Portanto, se essa carta aparecer em uma tiragem, não tema e nem fuja dela. Ela não é nem um pouco negativa e representa as várias mortes simbólicas que devemos enfrentar ao longo de nossa encarnação. O esqueleto representa aquilo que é essencial, que nos sustenta e tudo aquilo que permanece. Ele simboliza que durante uma grande transformação devemos manter nossa essência e se desapegar daquilo que já não agrega em nossa trajetória. O sofrimento é parte integrante da experiência humana, por isso, quando vivemos o arcano 13 devemos confrontar a angústia, a inquietação, o ressentimento, a raiva e a tristeza e nos prepararmos para uma nova colheita.
É um momento de ação, de desapego e de renovação. Ao aceitar a Morte como parte do ciclo da vida, podemos viver mais plenamente, ancorados no presente, aproveitando cada mudança com coragem e resiliência.

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